quinta-feira, 22 de março de 2012

Assim

                                                                                                                                                                                                                                                                 

Aqui tudo vejo, tudo escondo de mim.
Tudo eu sinto tentando não sentir  
Sinto tudo tão grande e tão pequeno ao mesmo tempo.
Tudo aumenta enquanto eu diminuo.
Coisas pequenas tem tanta importância,
 que nem dou conta de sentir.
 Coisas grandes não dou conta de assimilar,
 muito menos deixar de sentir.
Tudo me invade como se tivesse que ser assim.
Vivo  envolvida neste emaranhado de sentimentos,
 perdida entre o que  sinto, o que penso e o que vejo.
Sinto tudo o que vejo e o que não vejo também.
Experimento sentimentos diferentes que  me invadem fazendo me sentir, ora feliz, ora triste, ora angustiada ,ora frustrada.
Tantos sentimentos, sem dimensão parecem sem razão.
viajando num emaranhado de coisas juntas, 
todas misturadas sem saber em que, ou onde o que vai dar.
Porque não medir tudo, Juntar um pouco das coisas grandes um pouco das coisas pequenas e assim o coração abrandar?
Porque ficar tão pequena enquanto tudo cresce em volta de mim?
 Porque não sentir com o coração e pensar com a razão?
Faço a mesma pergunta todos os dias, mas mesmo assim não consigo separar o coração da razão e o pensar do sentir.
Com o coração sempre assaltado pela dor,
 a mente atordoada pela razão
 Sofrendo sozinha, dizem, sem motivo, sem razão                                                                                                          


                                                                                                                            Marilda

 

quinta-feira, 15 de março de 2012

Solidão


Navegando  no mar profundo
 Nada pra fazer ou olhar

Parecia não ser este mundo,
Tentava alguma coisa avistar
Mas, o mar revolto e escuro,
Só fazia desanimar.
De repente, tudo ao redor balançando,                
Pessoas chorando e gritando,
Não conseguiam ficar de pé,
Rolando de um lado pro outro,
Agarravam se uns aos outros,
E muito mais na fé.

   Lá fora as ondas gigantes,
Levam o navio pra longe,
Junto com as marés.
E por alguns instantes,
O silencio gritante
Uma solidão apavorante,
Invadiu o convés.
As águas subindo e descendo,
Passava por tudo lambendo,
Querendo tudo arrastar.
A esperança desaparecendo e
O capitão dizendo
Para não desanimar
Aos poucos, a noite foi caindo,
Lindas estrelas surgindo,
No céu daquele mar.
A tempestade foi se afastando,
Todos foram se acalmando,
Desejando do pesadelo acordar

O navio se aprumando
E logo se preparando,
Para em outro porto ancorar.   


                                                                                                                                        marilda




             


Familia

Instituiçao vazia oca. Quanto mais se tenta fortalecer mais ela se esvazia, segue como que por um fio pronto pra partir.

Falida como muitas outras instituições a família tenta resistir.


Devastada pelas drogas e pela euforia da liberdade vai se desgastando.

Empurrada pela grande maquina da destruição vai somindo.

Frágil como uma folha de papel molhado vai se deteriorando.

As pessoas agindo com se a família fosse castigo mortal.

Vão levando a família pra humilhação e  falência total.

A família já foi um  bom lugar pra se viver.

Hoje é um bom lugar pra padecer

Antes de morrer.

                                                           Marilda


                                

PASSANDO A LIMPO

A primavera chega trazendo alegria e o colorido das flores.
Os dias ensolarados do verão, nos mantem aquecidos e vivos.
As folhas que caem no outono e o frio que castiga  o inverno,fazem parte da vida, fazem parte do
nosso universo,
Os momentos felizes que vivemos fazem parte da tão sonhada felicidade.
Tudo que sonhamos a vida inteira, faz parte do futuro que queremos pra nós.
E o que queremos prá nós?
Queremos o colorido das flores na primavera,
Queremos o sol queimando no verão,
Queremos as folhas caindo no outono,
Queremos também o gostoso frio do inverno,
Queremos tudo o que estamos acostumados a ter.
Não gostamos de mudanças, coisas novas, isso é só para alguns, para os que chamamos de loucos. Loucos que correm  atraz do sucesso e da satisfação pessoal. Loucos que conseguem ver a vida com outros olhos. Com olhos de coragem para encarar o mundo, coragem para vencer seus próprios limites, ir em frente, em busca do novo, em busca dos seus ideais.
 Novo que desconhecemos e na maioria das vezes, condenamos. Condenamos porque achamos que são diferentes, que são sonhadores, que são egoístas e não conseguem enrraizar em qualquer lugar.
Na verdade nós gostamos de tudo que estamos acostuma dos a ter, sim, porque não temos coragem de sair em busca do novo, temos medo do desconhecido, medo do dia a dia da vida, medo de viver novas emoções e conquistas, medo das frustrações, medo da vida. Não conseguimos ser diferentes , não lutamos pelo que queremos, somos fracos.
 Preferimos  as estações do ano. Mesmo que chova muito ou faça muito calor fora de época, sempre serão, primavera , verão ,outono e inverno. 


                                                                                                                                                            Marilda                                

segunda-feira, 12 de março de 2012

AMIGOS

Amigos                                                                                        A vida nos escolhe para várias coisas, uma delas é vivermos juntos com outras pessoas. Começamos com nossos pais depois nossos irmãos, avós, tios, primos, vizinhos e amigos.
Fazemos parte de um quebra cabeça que não nos pertence ou retalhos de uma enorme colcha construída por nossa família, vizinhos e amigos. Tudo muito fácil se não quiséssemos construir nosso próprio quebra cabeça, nossa própria colcha de retalhos.
Então um dia encontramos nossa cara metade e com ela começamos a construir nosso destino. Vamos montando nosso quebra cabeça dia a dia com nossos sonhos, desilusões, nossos filhos, vizinhos e amigos. Vamos construindo retalho por retalho da nossa própria colcha. Sabemos que não será fácil. Não se constrói colchas nem quebra cabeças só com rosa, azul e branco. Sempre haverá vermelho, amarelo verde e outras cores, pois a variedade de cores enriquece o trabalho. O tom pastel torna o trabalho menos atrativo e triste.
Agora com mais experiência, tenho certeza que saberão combinar melhor as cores e continuar construindo esta família com muito mais sabedoria.       

                                                                 MARILDA